Páginas

18 de julho de 2013

Escrita Criativa em História: ensinar a escrever um compromisso com a cidadania

Por Tafnes Canto


 Resumo: Refletir e pesquisar constantemente sobre questões metodológicas faz parte da prática docente. Encontrar maneiras de conectar os objetivos amplos da educação e específicos da sua disciplina é tarefa desafiadora, a qual esse artigo busca responder no que diz respeito às aulas de História do Ensino Fundamental II. Embasado nos pressupostos teórico-metodológicos da Pedagogia Adventista, nas contribuições de Knight (2010) e Lemov (2011), a presente pesquisa resultou em uma sugestão de prática pedagógica emergente para as aulas de História, ora denominada Escrita Criativa em História, cujo foco está na produção do conhecimento histórico e na construção criativa e autônoma de textos. A preocupação com a escrita criativa nas aulas de História deve-se ao entendimento de que o ato de ensinar a escrever é um compromisso de todas as áreas, afim de que a cidadania seja um legado efetivo da escola. O conceito e estruturação desta prática pedagógica baseiam-se nos estudos de Behrens (2005) sobre o paradigma emergente. 

 Palavras-chave: História, escrita criativa, cidadania.


Considerações iniciais - Entre os principais objetivos da educação para o Ensino Fundamental, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais está a compreensão, por parte dos estudantes, do conceito de cidadania e a aquisição de habilidades que o tornem de fato um cidadão, tais como a capacidade de 

posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998 p. 7) 


        Neste ínterim, a História ocupa uma posição privilegiada para levar os estudantes a alcançarem efetivamente esses objetivos, afinal, os processos históricos levam a reflexões sociais, promovem a construção de identidades e ensinam a relevância dos lugares de memória, materializados no patrimônio sociocultural. 

            Recentemente, os estudos pedagógicos, porém, tem indicado que o papel da disciplina histórica só estará completo em seu intuito de formar para a cidadania se compreender que ensinar a ler e a escrever é responsabilidade de todas as áreas. De acordo com Paulo C. Guedes e Jane M. Souza em capítulo para a obra “Ler e escrever: um compromisso de todas as áreas”, 

 se nós, professores de todas as áreas, proporcionarmos a nossos alunos oportunidades para que escrevam muito para dizer coisas significativas para leitores que querem informar, convencer, persuadir, comover, eles acabarão descobrindo que escrever não é aquela trabalheira inútil de preencher 25 linhas, de copiar livro didático e pedaços de enciclopédia. Nossos alunos descobrirão que são capazes de escrever para dizer a sua palavra, para falar deles, de sua gente, para contar sua história, para falar de suas necessidades, de seus anseios, de seus projetos e acabarão por descobrir que são gente, que tem o que dizer, que têm história, que têm necessidades, anseios, que tem direito a satisfazer suas necessidades, a fazer projetos, que podem aspirar uma visão melhor, enfim. (2011, p. 23) 

            As habilidades descritas acima estão em consonância com àquelas que se espera de um cidadão compromissado com a sociedade em que vive, e não podemos exigir que um desafio tão amplo seja abraçado apenas pelos professores de Língua Portuguesa. 
           O presente artigo visa apresentar uma proposta de prática pedagógica nas aulas de História do Ensino Fundamental II, que encare esse desafio completo de formar para a cidadania. Não se trata de um projeto efêmero, afinal, ensinar a ler e a escrever não é tarefa para uma semestre, bimestre, mês, quanto mais uma semana! Ensinar a ler e a escrever é uma necessidade diária se desejamos que os estudantes o façam de maneira competente. 
            Escrita criativa em História é uma proposta de prática pedagógica que permite a produção de conhecimento reflexivo, por meio de leituras, aulas expositivas-dialogadas, pesquisas, entre outras metodologias – algo habitualmente promovido pelos professores de História - e culmina com a produção criativa de textos verbais e não verbais, prática a ser implementada com efetividade. 
            Além da formação para a cidadania, a escrita de textos criativos nas aulas de História visa solucionar um problema comum mas, que necessita urgentemente de uma solução viável, segundo apresenta Behrens em sua obra “ O paradigma emergente e a prática pedagógica”: 

Os alunos estão acostumados, em sua grande maioria, a realizar trabalhos de pesquisa simplesmente compilando os conteúdos de vários livros didáticos ou acessando a rede informatizada imprimindo informações disponíveis na Internet. Para dar volume as folhas, sem entender o real significado do assunto que está sendo pesquisado, copiam diversas partes do que os autores apresentam em suas obras ou sites. Constroem uma colcha de retalhos sobre conhecimentos diversos e que, às vezes, na composição final da pesquisa, tornam-se até contraditórias. A pesquisa que se apresenta no volume de conteúdo copiado, nas ilustrações, no número de folhas, na capa elaborada, torna-se questionável quanto ao mérito e à qualidade, pois valoriza mais o aspecto estético do que o valor da elaboração do aluno. Pelo grande número de folhas exigido dos alunos, dificilmente o professor tem tempo de fazer uma leitura integral dos trabalhos apresentados e este fato provoca avaliações tendenciosas e inconscientes. (2005, p.85)


          Certamente todo professor já se deparou com situações semelhantes e elas continuarão a existir se não forem alterados os caminhos que professores e estudantes percorrem até a produção de textos dentro e fora de sala de aula. Oferecer uma sugestão de percurso que leve a produções originais e altamente reflexivas é o cerne da proposta pedagógica em questão. 
           Ela ainda é validada por se encontrar em consonância com os objetivos da educação adventista, que de acordo com seu estatuto, denominado Pedagogia Adventista, prevê “oportunizar o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da pesquisa e do pensamento reflexivo” (2004, p. 51). Ao prover o alcance deste objetivo, a proposta sintoniza-se também aos princípios metodológicos da pedagogia adventista, ao contemplar a integração fé-ensino pois, segundo a escritora Ellen White ao formarmos este pensamento reflexivo contribuímos para que a Palavra seja compreendida de forma mais plena, pois segundo ela, “as verdades da divina Palavra podem ser melhor apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser glorificado melhor por aqueles que O servem com inteligência” (2000, p. 361). E estar a serviço de Deus é também cumprir sua obra de cuidado ao próximo, um conceito que se encaixa no entendimento de cidadania. Os estudantes são assim, incentivados a utilizar seus conhecimentos para solucionar os desafios que apresentados na vida das comunidades complexas do nosso tempo. 


 Uma proposta de prática pedagógica - Escrita criativa em História foi embasada nas fases do paradigma emergente expostos por Behrens em sua já citada obra. Por paradigma emergente se entende a prática pedagógica inovadora, centrada na produção de conhecimento, - uma ciência que ultrapasse a fragmentação e busque o todo, que “contemple as conexões , o contexto e as inter-relações dos sistemas que integram o planeta” (BEHRENS, 2005, p. 15). 
          As fases do paradigma emergente foram elaboradas a partir de pesquisas e experiências realizadas pela pós-graduação da PUCPR e sintetizadas por Behrens. As etapas de Behrens foram pensadas para o ensino universitário. Neste artigo, divulga-se a apropriação e a possibilidade de adaptação para o trabalho com o Ensino Fundamental II nas aulas de História. As fases de Behrens foram adequadas para o Ensino Fundamental a partir de teóricos como Knight (2010) Lemov (2011) e os referenciais da pedagogia adventista (2004). A proposta pedagógica que desejamos apresentar é dividida em sete passos, que se constituem em um caminho para a produção de conhecimento histórico e desenvolvimento do senso crítico e incentivo a produção criativa autônoma. Neste artigo, ela é apresentada de forma genérica, podendo ser aplicada a partir dos objetivos de cada professor e dos temas e períodos da História que pretende discutir com seus estudantes. 

Passo I- É o momento de problematizar o tema a ser explorado pelos estudantes, deixando clara sua importância e instigando a curiosidade, elemento vital para que realizem suas próprias pesquisas, leituras e mantenham interesse na aula. Neste passo, são válidas as instruções de Doug Lemov, que após realizar ampla pesquisa sobre técnicas de ensino, identificou 49 práticas utilizadas por professores bem sucedidos, catalogadas na obra Aula Nota 10. A técnica denominada “O Gancho” prevê o mesmo que orientamos para este passo inicial: “um curto momento introdutório, que captura tudo o que há de interessante e envolvente na matéria e coloca isso bem diante da classe – é uma maneira de inspirar e engajar os alunos” (2011, p. 93) Lemov explica que o gancho pode ser uma história, analogia, objeto relacionado ao tema ou mídia – vídeo ou imagem, por exemplo. Outra sugestão é apresentar o status do que está sendo estudado, a importância de um autor ou personagem histórico. Para Lemov, ser breve, capaz de abrir a porta para a explanação do assunto, ser dinâmico e otimista trata-se dos critérios essenciais para uma aplicação adequada desta técnica. 

 Passo II - Só então passa-se a exposição teórica do assunto, aqui o uso de tecnologias, técnicas e materiais didáticos que não só ilustrem o tema, como sirvam a sua problematização e aprofundamento são bem-vindos. Estes poderão ser ministrados de acordo com as características do professor, da turma, adequado ao tema da aula e a realidade de cada escola, como explica Knight (2010), estas três características parecem ser comuns em métodos de êxito, pois “nenhuma metodologia de ensino se aplica sempre a todas as pessoas” (p. 179) 
            Cabe ressaltar que os recursos metodológicos, conforme a Pedagogia Adventista,não substituem 

a explanação e argumentação em sala de aula. Ao contrário, essas abordagens caminham juntas e são interdependentes, adquirindo novo sentido. Não se trata daquela aula expositivo em que o educador fala e o educando ouve, mas de uma interação dialógica. (2004,p. 80) 

        A voz do professor não é paradigma tradicional. Enquanto mediador, o mestre pode conduzir seus educandos através de perguntas e explicações valiosas para sua compreensão de mundo. Esta voz não pode ser calada na sala de aula por modismos pedagógicos mal interpretados, a aula expositiva tem um papel importante dentro da construção do conhecimento mas, sem dúvida, não é seu ponto de chegada, por isto a caminhada continua com o terceiro passo. 

Passo III- É o momento de propor que os estudantes realizem pesquisas e leituras sobre o tema, assim poderão relacioná-las com o que foi explanado e o estudo se tornará mais abrangente. Segundo a Pedagogia Adventista, a palavra pesquisa 

deve ser entendida como um instrumento que propicia a construção do conhecimento e não como uma mera consulta de dados prontos e acabados. O educador deve primar por uma investigação que estimule o raciocínio, a reflexão e a criatividade. Assim, não colocará a mente do educando sob seu controle, mas contribuirá para o desenvolvimento de autonomia intelectual” (2004, p. 70) 


        Estas pesquisas podem ser dirigidas pelo professor, com sugestões de livros, artigos, sites, reportagens, filmes, documentários adicionais, que entenda como essenciais para a compreensão da temática. Assim, também encontrará oportunidade de ensinar aos estudantes os canais, autores, editoras e revistas mais confiáveis em sua área, ajudando-os a diferenciar boas bibliografias de bibliografias superficiais ou tendenciosas. 
              A literatura também pode ser uma aliada. Por ser um produto cultural temporal, as obras, mesmo quando ficcionais, revelam o contexto histórico em que foram produzidas e por isto merecem um local privilegiado na pesquisa histórica. Vale lembrar que ao recomendar ou ao utilizarmos literatura nas aulas de História podemos com facilidade promover interdisciplinaridade, que por sua vez, é um aspecto metodológico imprescindível na atualidade, já que esperamos formar indivíduos com uma visão holística de mundo. 
             E dentro de um propósito ainda mais significativo, ao trabalharmos com literatura enquanto educação cristã, encontramos a oportunidade de fornecer aos estudantes 

uma estrutura bíblico-cristã para pensar e avaliar tudo o que encontram. O estudo literário adquire um significado mais profundo dentro de tal estrutura. Se os jovens são capazes de internalizar os princípios cristãos de seleção e interpretação do estudo literário porque é parte explícita do currículo, então serão capazes de aplicar as mesmas diretrizes em sua vida diária em áreas como música e televisão. (KNIGHT, 2010, p. 168) 

Ensinar a avaliar a literatura e utilizá-la como recurso para a interdisciplinaridade são objetivos amplos. Nas aulas de História, em um plano simples podem ilustrar o conteúdo e em uma proposta mais profunda servem como documento de análise histórica, e neste, caso, estaremos ensinando a ler textos a maneira da História. 

Esse mesmo princípio vale para a análise de filmes, documentários, reportagens, cartas ou obras de arte que venham a conectar-se com o conhecimento histórico. São diferentes tipos de textos os quais os estudantes necessitam aprender a ler para também serem capazes de ler adequadamente o mundo que os cerca. Como afirmamos anteriormente nenhuma disciplina pode se eximir de ensinar a ler e escrever, pois estas 

 são tarefas da escola, questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante, que é responsabilidade da escola. Ensinar é dar condições ao aluno para que ele se aproprie do conhecimento historicamente construído e se insira nesta construção como produtor do conhecimento. Ensinar é ensinar a ler para que o aluno se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos.( GUEDES e SOUZA, 2011, p. 15) 

           Promovendo a pesquisa e a leitura colocamos os professores mais uma e estudantes caminham em direção ao objetivo de alcançar a cidadania. 

Passo IV – A cada leitura e pesquisa proposta sugere-se que os estudantes tragam um feedback das mesmas, através de sínteses, que poderão ser apresentadas em forma de resumos, fichas de leituras, fluxogramas, linhas de tempo, entre outros. 
 Passo V – O próximo passo é oportunizar a socialização das pesquisas e leituras. Discussões e críticas podem ser construídas a partir deste momento de socialização. Muitas vezes, será neste debate que o passado encontrará o presente, e fará o papel de auxiliar em sua reflexão. 
 Passo VI- Sugere-se que posteriormente a socialização, coletivamente se estruture um texto que compile o conhecimento apreendido pelo grupo, nos passos anteriores, bem como as críticas e discussões levantadas. Trata-se de uma nova síntese, mais madura e agregadora do conhecimento produzido individualmente e como grupo. 
 Passo VII- Com o preparo advindo do estímulo, exposição, pesquisa, síntese, socialização e nova síntese, os estudantes tomaram tempo para aprender o tema e formar opinião sobre o mesmo, será mais fácil sentir que tem o que dizer e consequentemente estarão mais aptos a produzir textos originais. Aqui também entra o papel do professor, em inovar em suas propostas, para que os estudantes não vejam nem possibilidade nem necessidade de realizar cópias, mas façam jus ao termo escrita criativa. 

            A escrita criativa envolve em um conceito estrito a produção de textos verbais literários, tais como poemas, contos e romances. Em uma perspectiva ampla, também abrange textos não literários e não verbais, tais como, roteiros, filmes, animações, propagandas, crônicas, slogans, entre outros. Ao propor que os estudantes utilizem estes gêneros textuais relacionados a temáticas e reflexões específicas da História e das questões sociais discutidas em aula, poderão expressar o conhecimento construído de forma original, e enquanto professores, estaremos ensinando-os a escrever, um compromisso, também da disciplina histórica, pois “ensinar é ensinar a escrever porque a reflexão sobre a produção de conhecimento se expressa por escrito” ( GUEDES e SOUZA, 2011, p. 15) 
             É importante que esta reflexão sobre a produção do conhecimento elaborada por cada estudante na forma de texto seja compartilhada de alguma forma, seja em no blog da turma, do professor, no mural da escola, em um sarau ou nas mídias sociais. Assim, os estudantes compreendem que o conhecimento deve ser divulgado e acumulado pela sociedade para que os progressos científicos ocorram e novos conhecimentos sejam produzidos. Fernando Seffner ressalta que o compartilhar é o elemento motivacional da produção textual: '

(...) o aluno escreve para quem? Em geral, apenas para que o professor leia, corrija e devolva a ele. Esse é um circuito muito pobre para o texto escrito. Espera-se que um aluno escreva textos para a sala de aula, para serem lidos pelos seus colegas, para serem afixados num mural, para constituírem parte de um cartaz, para serem enviados como carta a outros alunos de outras escolas e a seus pais para a leitura em casa, para que constituam um recurso pedagógico entre outros grupos ou classes, para integrarem um jornal histórico, para servirem de base à construção de uma história em quadrinhos a respeito de determinado episódio histórico etc. Aumentando a circulação aumentamos o interesse e a responsabilidade dos alunos em escrever bons textos. Por outro lado, contribuímos para qualificar a argumentação e o ponto de vista do aluno, na medida em que ele pode comparar seu texto com o livro didático, o de outros alunos, o de outros autores e as opiniões do professor. A opinião do aluno não é nem melhor, nem pior do que a nossa ou a do livro didático, ela é apenas a manifestação da particular relação do aluno, sua realidade e seu contexto, com aquela opinião qualificada do historiador ou corrente da historiografia, resultado da pesquisa e da investigação (2011, p. 122) 

       Os textos produzidos no passo VII, em seus diversos gêneros, são também, um excelente instrumento de avaliação, que prioriza os aspectos qualitativos, aos quantitativos. Hoffmann, lembra que neste sentido, o professor deverá estar ciente de que 

 a análise de tais tarefas dissertativas representará uma questão de abordagem multidimensional, pelo caráter qualitativo e subjetivo que a leitura de seus textos poderá implicar. Caberá ao professor, dessa forma, ter parâmetros claros de aprendizagem frente a essas tarefas e trabalhos, sem cair no risco das tarefas avaliativas desarticuladas de propostas pedagógicas desta natureza, tais como testes objetivos, que não lhe permitirão obter indicadores qualitativos necessários para o acompanhamento da evolução de saberes tão diversos e complexos construídos pelos alunos. (2010,p 54) 

            Assim, a Escrita Criativa em História busca também oferecer um parâmetro avaliativo coerente com o que foi ensinado nas aulas de História e com os objetivos gerais da educação, que esperam que os estudantes adquiram habilidades e competências que façam dele um cidadão. 

Considerações Finais – Como esta pesquisa divulga uma prática pedagógica contínua e que visa alcançar objetivos amplos dentro da educação e do ensino de História, os resultados mensurados junto aos estudantes são iniciais, porém promissores, haja vista de que sua aplicação tem oportunizado a produção de textos autônomos. Observa-se a redução das tentativas de plágios ou compilações. E a participação dos estudantes na socialização de suas produções tem revelado o sentimento de valorização própria e do que cada estudante tem a comunicar. Os resultados desta prática merecem ser avaliados constantemente para que ela possa ser refletida e adaptada a medida das necessidades. 

          Este artigo apresentou uma proposta pedagógica, uma sugestão. É resultado de conhecimentos teóricos obtidos pela pesquisa aliados ao conhecimento empírico da prática docente. O foco principal da construção da proposta pedagógica a qual denominamos Escrita Criativa em História foi otimizar o papel da disciplina histórica nas salas de aula para que os objetivos sejam alcançados de forma plena e não apenas sentir que ao ensinarmos conteúdos e realizarmos um link do passado com o presente efetivamos nosso papel como professores de História. 
            Toda a estrutura de Escrita Criativa em História trabalha para que os estudantes tenham motivação própria, alcancem os objetivos de sua série, aprendam a ler e escrever em História, para aprender a ler e escrever o mundo que os cerca. Que através da escrita tomem posição e saibam usar os diferentes gêneros textuais para expressar o que pensam de maneira criativa e autônoma e que se posicionarem enquanto cidadãos diante das mais variadas situações sociais. 


 Referências Bibliográficas 

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. 

GUEDES, Paulo Coimbra e SOUZA, Jane Mari. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: NEVES, Iara C. Bittencourt (org). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 

HOFFMANN, Jussara. O cenário da avaliação no ensino de ciências, história e geografia. In: JANSSEN, Felipe da Silva; HOFFMANN, Jussara e ESTEBAN, Maria Teresa (orgs). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2010. 

KNIGHT, George. Mitos na educação adventista: um estudo interpretativo da educação nos escritos de Ellen G. White. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress, 2010. 

LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. São Paulo - Ed. Boa Prosa: Findação Lemann, 2011. 

 Parâmetros curriculares nacionais : história / Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília : MEC /SEF, 1998. 

 Pedagogia Adventista\ Confederação das Uniões Brasileiras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004. 

SEFFNER, Fernando. Leitura e escrita na História. In: NEVES, Iara C. Bittencourt (org). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 

 WHITE, Ellen. Conselhos aos pais, professores e estudantes. 5ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000.

Nenhum comentário:

Postar um comentário