A Mesopotâmia foi palco de muitos acontecimentos importantes, entre eles a formação de vários núcleos urbanos, a incorporação de papéis econômicos pelos indivíduos, o surgimento da escrita cuneiforme e a construção dos primeiros códigos de leis.
“O terceiro milênio a.C. testemunha um grande número de núcleos urbanos se desenvolvendo ao longo do Tigre e do Eufrates” (PINSKY, 2001,69). Esta região antes habitada por povos de origem semita, passou a acolher povos de outras origens, como os sumérios, assírios, acadianos, elamitas e caldeus que fundam cidades-Estado independentes. Foi nestas primeiras cidades que o homem organizou a estrutura básica do Estado, onde a sociedade passa de uma instituição sem classes para uma instituição de classes. Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk, Akad, Gatium e Elam, podem ser mencionadas como exemplos desses primeiros núcleos urbanos.
As condições geográficas da Mesopotâmia, como o clima árido e o solo demandavam grandes construções como os canais de irrigação e outras obras coletivas, que propiciaram o surgimento de um poder estatal forte e centralizado para liderar tais edificações, pois as mesmas ultrapassavam a iniciativa individual das pessoas. É neste contexto que a elite dirigente passa a explorar a sociedade e pela primeira vez na História são determinados papéis econômicos a serem exercidos pelo indivíduo no grupo. Onde antes a propriedade privada era inexistente, a terra torna-se propriedade do rei, temos então o chamado modo de produção asiático, marcado pelo antagonismo: sociedade sem exploração do homem pelo homem, ou seja, uma sociedade sem classes para uma sociedade de classes, na qual uma minoria que exercia o poder estatal foi assumindo o papel de classe exploradora.
O surgimento da escrita cuneiforme foi um acontecimento importante porque a partir de então a perpetuação da cultura não dependeria apenas da oralidade, suficiente apenas para pequenos grupos, o que definitivamente não era o caso dos povos mesopotâmicos, que realizavam grandes empreendimentos que duravam mais de uma geração e necessitavam de um meio de transmissão mais eficiente. “Noutras palavras, a complexidade e a objetividade das relações econômicas que se estabelece, decorrente de sua amplitude em termos de espaço e tempo, vão exigir cálculos precisos e anotações claras, enfim, registros inteligíveis não apenas para quem os fazia como para os outros participantes ou coordenadores do projeto comum” (PINSKY, 2001 73) A escrita cuneiforme foi uma invenção do povo sumério, que vivia na Babilônia no século VI a.C. Ela era ao mesmo tempo ideográfica e fonética, cujos sinais eram marcados na argila ainda moldável com um estilete em forma de cunha, elemento que deu nome à escrita. Inicialmente era usada especialmente nos templos, pois os sacerdotes necessitavam registrar operações como os empréstimos de sementes e de animais, a partir do ano 3000 a.C, a escrita começou a ser usada não apenas para a contabilidade dos templos, mas também textos religiosos e literários, ritos mágicos e códigos legais.
Os mesopotâmicos ainda deixaram sua contribuição no direito, pois criaram normas registradas para que todos obedecessem, são os primeiros códigos de leis, como a popular lei de Talião, popularmente conhecida como “olho por olho e dente por dente”. Lei que hoje nos parece um modo de fazer justiça com as próprias mãos, na época representava um equilíbrio, pois significava “não mais que um olho por um olho, não mais que um dente por um dente”.
Diante de tantas evidências nos rendemos a importância histórica e ao grandioso legado que recebemos dos mesopotâmicos, por vezes esquecidos à sombra das culturas clássicas.
“O terceiro milênio a.C. testemunha um grande número de núcleos urbanos se desenvolvendo ao longo do Tigre e do Eufrates” (PINSKY, 2001,69). Esta região antes habitada por povos de origem semita, passou a acolher povos de outras origens, como os sumérios, assírios, acadianos, elamitas e caldeus que fundam cidades-Estado independentes. Foi nestas primeiras cidades que o homem organizou a estrutura básica do Estado, onde a sociedade passa de uma instituição sem classes para uma instituição de classes. Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk, Akad, Gatium e Elam, podem ser mencionadas como exemplos desses primeiros núcleos urbanos.
As condições geográficas da Mesopotâmia, como o clima árido e o solo demandavam grandes construções como os canais de irrigação e outras obras coletivas, que propiciaram o surgimento de um poder estatal forte e centralizado para liderar tais edificações, pois as mesmas ultrapassavam a iniciativa individual das pessoas. É neste contexto que a elite dirigente passa a explorar a sociedade e pela primeira vez na História são determinados papéis econômicos a serem exercidos pelo indivíduo no grupo. Onde antes a propriedade privada era inexistente, a terra torna-se propriedade do rei, temos então o chamado modo de produção asiático, marcado pelo antagonismo: sociedade sem exploração do homem pelo homem, ou seja, uma sociedade sem classes para uma sociedade de classes, na qual uma minoria que exercia o poder estatal foi assumindo o papel de classe exploradora.
O surgimento da escrita cuneiforme foi um acontecimento importante porque a partir de então a perpetuação da cultura não dependeria apenas da oralidade, suficiente apenas para pequenos grupos, o que definitivamente não era o caso dos povos mesopotâmicos, que realizavam grandes empreendimentos que duravam mais de uma geração e necessitavam de um meio de transmissão mais eficiente. “Noutras palavras, a complexidade e a objetividade das relações econômicas que se estabelece, decorrente de sua amplitude em termos de espaço e tempo, vão exigir cálculos precisos e anotações claras, enfim, registros inteligíveis não apenas para quem os fazia como para os outros participantes ou coordenadores do projeto comum” (PINSKY, 2001 73) A escrita cuneiforme foi uma invenção do povo sumério, que vivia na Babilônia no século VI a.C. Ela era ao mesmo tempo ideográfica e fonética, cujos sinais eram marcados na argila ainda moldável com um estilete em forma de cunha, elemento que deu nome à escrita. Inicialmente era usada especialmente nos templos, pois os sacerdotes necessitavam registrar operações como os empréstimos de sementes e de animais, a partir do ano 3000 a.C, a escrita começou a ser usada não apenas para a contabilidade dos templos, mas também textos religiosos e literários, ritos mágicos e códigos legais.
Os mesopotâmicos ainda deixaram sua contribuição no direito, pois criaram normas registradas para que todos obedecessem, são os primeiros códigos de leis, como a popular lei de Talião, popularmente conhecida como “olho por olho e dente por dente”. Lei que hoje nos parece um modo de fazer justiça com as próprias mãos, na época representava um equilíbrio, pois significava “não mais que um olho por um olho, não mais que um dente por um dente”.
Diante de tantas evidências nos rendemos a importância histórica e ao grandioso legado que recebemos dos mesopotâmicos, por vezes esquecidos à sombra das culturas clássicas.
Bibliografia
PINSKY, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Contexto, 2001. Pág. 69 a 104.
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