Por Tafnes do Canto
Os métodos avaliativos tem sido alvo de debate da pedagogia ao longo dos últimos anos. Educadores e educadoras preocupam-se em relação a melhor forma de medir o desempenho dos estudantes. E é neste ponto que percebemos o equívoco que tem fomentado tais querelas. Os métodos avaliativos podem ser mais funcionais quando entendidos por uma perspectiva justamente oposta. A avaliação não é a hora do ajuste de contas ou de colocar os estudantes na berlinda como se vê em muitas salas de aula.
Uma visão adequada de avaliação leva os professores a fazerem uso dos instrumentos avaliativos para diagnosticar as dificuldades dos estudantes, bem como para perceber quais habilidades e competências foram desenvolvidas. Neste ponto de vista, a avaliação servirá para indicar a necessidade de uma mudança de rumo, nas práticas pedagógicas sempre que os objetivos não forem alcançados. Ainda poderá tranquilizar a todos quando a avaliação demonstrar que o estudante aprendeu.
Mesmo com os muitos estudos realizados na área de pedagogia, a avaliação somativa, oriunda dos métodos tecnicistas, permanece sendo amplamente empregada nas instituições de ensino. Porém, no sentido de que a avaliação é um meio para o professor e não um fim em si para o estudante - como explicitamos anteriormente – a avaliação somativa deveria dar lugar a avaliação formativa.
Esta forma de avaliar – com critérios bem definidos e instrumentos coerentes com os objetivos - propõe-se a perceber e valorizar o crescimento do estudante ao longo do processo de aprendizagem.
Uma boa sugestão de recurso para a realização de uma avaliação abrangente são os portfólios, nos quais os estudantes armazenam as atividades, relatórios de aula, reportagens, desenhos ou outras produções independentes relacionadas ao tema abordado. O portfólio passa a ser mais do que um simples porta-folha para representar o conhecimento construído ao longo do processo de ensino-aprendizagem que se pretende avaliar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário